O prefácio de um amor
Nada como um cientista para deixar uma sutil declaração em sua obra
Certa vez amei uma deusa, uma obra de arte, uma galáxia maior que o próprio universo e, ali, me perdi entre as estrelas, vagando pelo éter, seguindo a luz em seu caminho contorcido pelo horizonte de eventos, para, enfim, me desfazer numa singularidade e desvendar o enigma do cosmos.
Dizem que o amor é brega. A paixão, de acordo com a ciência, demência temporária. Mas, mesmo assim, as obras mais interessantes são movidas pelos amantes, pelos tristes, pelos loucos e pelos dementes, digo, apaixonados.
Existe uma categoria de loucos, porém, que acertam os corações quando resolvem escrever uma mensagem de amor: os cientistas. Carl Sagan, em seu livro Cosmos (que posteriormente se tornou uma incrível série de TV - duas vezes) mostrou que era possível falar da história da ciência com beleza e emoção, nos arrepiando a cada texto elaborado com sentenças que se eternizaram em pôsteres, aberturas de livros e tatuagens.
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