Tudo o que você é se resume em conexões. As conexões exteriores, como contatos, amigos, conhecidos e inimigos, bem como estímulos externos, como outdoors, paisagens, anúncios, televisão e tudo o que vemos, formam, internamente, um outro tipo de conexão: as neurais.
Essas conexões são responsáveis por suas memórias, traumas, desejos, paixões, amor e crenças.
Mudar uma forma de pensar ou de ver o mundo envolve criar novas conexões em seu cérebro.
Outro dia me deparei com um vídeo que me deixou maravilhado. Ele mostrava um neurônio solitário buscando conexões. Compartilho:
Perceba o quanto tudo isso é incrível. E nós, aqui, utilizando toda essa tecnologia neural que nos define para formar conexões assistindo horas de Reels, TikToks e bate boca no Twitter.
Estamos sendo metralhados com o que há de pior na sociedade. E isso gera fenômenos físicos em nossos corpos. As conexões neurais se formam e, a partir daí, raiva, inveja, tristeza e ansiedade são desencadeadas por essas conexões formadas pela merda que você está consumindo nas redes sociais (desculpe meu francês).
Como um efeito dominó isso pode, inclusive, levar a doenças. E sua vó já dizia: o que você consome, te mata. E isso vale para o que entra pela boca, pelo nariz, por locais que não vamos citar aqui, mas, também, pelos olhos e pelos ouvidos.
Assim, cheguei à conclusão que é preciso mudar as conexões neurais1. Existe muito conteúdo enriquecedor por aí. Não adianta usar a desculpa "ah, mas no meu momento de descanso não tem problema ver umas futilidades". Tem sim.
É preciso enxergar o quanto as principais redes sociais podem fazer mal e não se tornar mais uma vítima. Há conteúdo e até outras redes mais saudáveis.
O
, essa plataforma que uso para publicar o Escriba Cafe Premium, se mostrou um lugar interessante. Lançaram hoje uma de suas ferramentas, chamadas “Notes”, que basicamente é uma espécie de Twitter, mas, com o amparo das publicações.Parece-me uma boa rede social que ainda não foi poluída pelo ódio e total futilidade, e que permite uma grande descoberta de conteúdo em português e inglês. E foi nesse último idioma que um dos participantes da rede definiu esse “Notes”:
Conteúdo que não apodrece o cérebro existe aos montes por aí. No meio podcaster, por exemplo, além do Escriba Cafe (modéstia à parte), o querido Luciano Pires já, há muitos anos, pratica também essa arte de produzir conteúdo que fomenta o pensamento crítico que, se não me engano, ele chama de “fitness intelectual”.
Em inglês são inúmeros sites, mas isso não quer dizer que não tenhamos muita coisa boa em português. É que a superfície de lixo das redes sociais de hoje nos dificulta mergulhar. Não só no podcast Escriba Cafe, mas também aqui no Escriba Cafe Premium eu tento ao máximo passar esse tipo de conteúdo, bem como na Sociedade Literária do Escriba Cafe, onde nos estimulamos a ler uma variedade de gêneros e temas que exercitam o pensar e afiam o cérebro.
Comece a evitar o que te causa esse efeito dominó. É hora de mudar as conexões. E desde a raiz.
Para os médicos não me crucificarem e para que os demais também não sejam desinformados: assim como mencionado no próprio texto, tecnicamente, o que acontece em nosso cérebro é um surgimento de novas conexões neurais e não uma mudança propriamente dita, mas o termo “mudança” foi usado como resumo de que essas novas conexões resultarão em uma mudança de pensamento/perspectiva do indivíduo.
É uma questão de escolha. Tudo o que possa trazer qualquer tipo de sensação negativa eu rejeito: seja um filme, um livro, algum tipo de "entretenimento", ou até pessoas - principalmente pessoas. Não podemos nos esquecer da nossa memória. Ainda que nos esqueçamos, em algum lugar na nossa memória, todo conteúdo imprestável consumido poderá nos prejudicar. Por isso a importância de selecionar com cautela o que consumir desse banquete - em partes indigesto - colocado à disposição de todos nós. Muito válida e necessária a reflexão, Christian.
Em meio à imensidão do universo de conexões, a mente humana se revela como um complexo enigma, constantemente influenciada por uma miríade de estímulos externos e internos. Nessa era digital, somos bombardeados por distrações efêmeras que, embora possam parecer inofensivas, corroem silenciosamente a essência do nosso ser. Para nos elevarmos acima desse caos e alcançarmos a verdadeira riqueza intelectual, é imperativo exercer discernimento na escolha das conexões que nos definem.
Não basta simplesmente evitar o lixo digital; devemos ativamente buscar conhecimento duradouro e estimulante, aquele que expande nossos horizontes e aprimora nosso pensamento crítico. Assim, nossas mentes se tornam fortalezas de sabedoria e compreensão, aptas a enfrentar os desafios do mundo e contribuir para um futuro mais iluminado. Ao nos comprometermos com essa jornada de transformação, não apenas mudamos as conexões que moldam nossa realidade interna, mas também nos tornamos agentes de mudança em nosso mundo, um neurônio de cada vez.
Confrontar decadência das redes sociais, buscar o oásis do conhecimento e, através de escolhas conscientes, sermos osn arquitetos de um mundo digital mais sábio e equilibrado.