Existe algo que me deixa estupefato: é a intrínseca capacidade de muitos de pegar algo bom e tornar ruim.
Explico com o exemplo que me motiva a escrever esse texto: acabei de assistir "A Maldição da Casa Winchester", um filme inspirado na história da Mansão Winchester que foi contada em um episódio do nosso podcast Escriba Cafe.
Não vou me ater às gafes como usar CGI para criar vários cenários, e sim ao fato de que os produtores, roteiristas e diretores pegaram uma história real incrível, já pronta, ideal para um filme de terror de alta qualidade, e resolveram alterá-la, deixando-a pedante, clichê e, simplesmente, ruim.
Tinham tudo para contar uma história que, além de já conter o peso de ser real, ainda poderia ser encrustada com uma dramatização perfeita, já que os atores eram ótimos e a produção teve dinheiro o suficiente.
Algo que pensei que seria o inverso - estatisticamente falando - está acontecendo: quanto mais gente nesse planeta, menos gênios da arte estão surgindo.
Me parece que a vida deixou de imitar a arte e, em busca da atenção e do dinheiro, a arte passou a imitar a vida. E a vida humana, como está hoje, é um filme decadente de quinta categoria.
P.S.: Não assista ao tosco filme. Se não conhece a história da Mansão Winchester, ouça o caso real com toda a pesquisa e embasamento em nosso podcast.